Conitnua...
Bom... A tragédia ocorreu bem no fim das férias.
Nunca tinha vivido nada parecido, como naquele dia.
E foi numa madrugada de domingo pra segunda, do ultimo dia de férias.
Nesse domingo fui dormir cedo, pois teria aula bem cedinho na segunda.
O estranho e que tudo ocorreu na minha cidade eu só fui saber quando cheguei no colégio.
Segunda feira, eu, minhas primas e um pessoal da cidade estávamos indo pro colégio..De menos o Henrique que por alguma razão devia ter dormido de mais.Muita farra!
Minha primeira aula foi no campo, estávamos lá em cima cuidando dos coelhinhos do colégio quando uma das poucas meninas da minha sala subiu correndo o morro, e disse extremamente ofegante:
_Gente, gente... Vocês não sabem o que aconteceu!!!!!!
_O que fala logo Simone(exclamou a turma toda inquieta).
Ela estava apavorada, com respiração acelerada... Depois tomou um ar e deu a noticia:
_Vocês tem que descer correndo lá pra cantina,a diretora esta dando um aviso.
_Mas o que foi Simone!!!(disse assustada)
__É o Henrique gente... Sofreu um acidente de carro ontem à noite, por isso não veio pra aula.
Fiquei PASMA, sem ação.Não consegui pensar...Não sabia o que dizer.
_Ele esta bem? Perguntou um dos ‘rafaeis’ da nossa turma.
_Não gente, ele morreu!
Sei lá... É difícil descrever minha reação, afinal já faz quase seis anos que isso aconteceu. Só sei que pensava o tempo todo, que há 15 dias atrás ele estava deitado comigo no colchão lá no pátio vendo estrelas e contando piadas sem graça.
A diretora reuniu o colégio todo e disse que todos que fossem da turma do Henrique (1101) poderiam ir ao velório. Mas como eu morava na mesma cidade que ele consegui uma vaga no ônibus, mesmo sendo da 1102,e minhas primas Carol que estava na sétima serie e a Monick na oitava também conseguiram pelo grau de amizade e por serem também da mesma cidade.
Fui correndo pro alojamento trocar de roupa, a ficha ainda não tinha caído, olhei meus patins ali no canto do meu armário, e comecei a chorar, era tudo muito estranho, muito estranho messssmo!
Seriam duas horas de viajem, os outros alunos estavam tão chocados quanto eu.
Sentei ao lado de minhas primas que também eram amigas dele... A Carol inclusive já ate tinha ficado com ele.
Durante a viajem uma das meninas da sala do Henrique disse que a mãe dele ligou pro colégio e que contou que na madrugada de domingo pra segundo, o Henrique estava voltando de umas festa, com mais 2 amigos de carro...Os dois sentados na frente e com cinto de segurança,e o Henrique atrás,mas sem sinto...
O que sei é que o carro perdeu a direção, devido ao alcoolismo do jovem motorista e de drogas também suponho (estavam todos drogados e muito loucos de acordo com as informações que tive), o carro desceu por uma ribanceira e os meninos que estavam na frente tiveram ferimentos leves... Mas o Henrique que estava sem sinto e no banco de trás... Foi arremessado... O resto, eu não sei muito bem, por isso prefiro nem falar, pois não tenho certeza da verdade de tais informações.
Por fim chegamos, e lá estávamos nós... Todos juntos, e o que me preocupava era saber qual seria a reação da Ione, a atual ficante dele lá do colégio, já que ela ainda não sabia de nada pois não tinha ido a aula.E provavelmente não iria na primeira semana toda,já que o colégio e interno.
Bem... O resto...
A sensação foi horrível, eu não queria vê-lo... Mas se não fosse agora nunca mais seria... Tinha muitos jovens na capela..Muitas gente...E uma fila que passava em volta do caixão..Entrei nessa fila ,e quando cheguei perto comecei a chorar...
Tive que tocá-lo. Não parecia ele... Estava mais branco do que nunca... Com uma mancha vermelha cobrindo metade do rosto, parecia uma hemorragia interna. Tinha também uma faixa enrolada na cabeça e estava cheio de flores brancas em volta... Olhei por um momento e sai, não dava pra ficar mais...
Na volta pro colégio foi tudo meio tenso. O clima ficou estranho. As pessoas que não puderam ir só ficavam perguntando, não se tinha outro assunto, cada um dizia uma coisa sobre o acidente...
E então uma semana se passou, e meus patins ainda estavam no mesmo lugar...
Eu olhava pro branquinho que a gente costuma sentar para calcá-los antes de andar... E parecia que ele ainda estaria lá, que a qualquer hora ele pudesse aparecer sentadinho ali, como estava da ultima vez que o vi em vida!
Continua...
PARTE 9: Semana de Gincana!
Bom... A tragédia ocorreu bem no fim das férias.
Nunca tinha vivido nada parecido, como naquele dia.
E foi numa madrugada de domingo pra segunda, do ultimo dia de férias.
Nesse domingo fui dormir cedo, pois teria aula bem cedinho na segunda.
O estranho e que tudo ocorreu na minha cidade eu só fui saber quando cheguei no colégio.
Segunda feira, eu, minhas primas e um pessoal da cidade estávamos indo pro colégio..De menos o Henrique que por alguma razão devia ter dormido de mais.Muita farra!
Minha primeira aula foi no campo, estávamos lá em cima cuidando dos coelhinhos do colégio quando uma das poucas meninas da minha sala subiu correndo o morro, e disse extremamente ofegante:
_Gente, gente... Vocês não sabem o que aconteceu!!!!!!
_O que fala logo Simone(exclamou a turma toda inquieta).
Ela estava apavorada, com respiração acelerada... Depois tomou um ar e deu a noticia:
_Vocês tem que descer correndo lá pra cantina,a diretora esta dando um aviso.
_Mas o que foi Simone!!!(disse assustada)
__É o Henrique gente... Sofreu um acidente de carro ontem à noite, por isso não veio pra aula.
Fiquei PASMA, sem ação.Não consegui pensar...Não sabia o que dizer.
_Ele esta bem? Perguntou um dos ‘rafaeis’ da nossa turma.
_Não gente, ele morreu!
Sei lá... É difícil descrever minha reação, afinal já faz quase seis anos que isso aconteceu. Só sei que pensava o tempo todo, que há 15 dias atrás ele estava deitado comigo no colchão lá no pátio vendo estrelas e contando piadas sem graça.
A diretora reuniu o colégio todo e disse que todos que fossem da turma do Henrique (1101) poderiam ir ao velório. Mas como eu morava na mesma cidade que ele consegui uma vaga no ônibus, mesmo sendo da 1102,e minhas primas Carol que estava na sétima serie e a Monick na oitava também conseguiram pelo grau de amizade e por serem também da mesma cidade.
Fui correndo pro alojamento trocar de roupa, a ficha ainda não tinha caído, olhei meus patins ali no canto do meu armário, e comecei a chorar, era tudo muito estranho, muito estranho messssmo!
Seriam duas horas de viajem, os outros alunos estavam tão chocados quanto eu.
Sentei ao lado de minhas primas que também eram amigas dele... A Carol inclusive já ate tinha ficado com ele.
Durante a viajem uma das meninas da sala do Henrique disse que a mãe dele ligou pro colégio e que contou que na madrugada de domingo pra segundo, o Henrique estava voltando de umas festa, com mais 2 amigos de carro...Os dois sentados na frente e com cinto de segurança,e o Henrique atrás,mas sem sinto...
O que sei é que o carro perdeu a direção, devido ao alcoolismo do jovem motorista e de drogas também suponho (estavam todos drogados e muito loucos de acordo com as informações que tive), o carro desceu por uma ribanceira e os meninos que estavam na frente tiveram ferimentos leves... Mas o Henrique que estava sem sinto e no banco de trás... Foi arremessado... O resto, eu não sei muito bem, por isso prefiro nem falar, pois não tenho certeza da verdade de tais informações.
Por fim chegamos, e lá estávamos nós... Todos juntos, e o que me preocupava era saber qual seria a reação da Ione, a atual ficante dele lá do colégio, já que ela ainda não sabia de nada pois não tinha ido a aula.E provavelmente não iria na primeira semana toda,já que o colégio e interno.
Bem... O resto...
A sensação foi horrível, eu não queria vê-lo... Mas se não fosse agora nunca mais seria... Tinha muitos jovens na capela..Muitas gente...E uma fila que passava em volta do caixão..Entrei nessa fila ,e quando cheguei perto comecei a chorar...
Tive que tocá-lo. Não parecia ele... Estava mais branco do que nunca... Com uma mancha vermelha cobrindo metade do rosto, parecia uma hemorragia interna. Tinha também uma faixa enrolada na cabeça e estava cheio de flores brancas em volta... Olhei por um momento e sai, não dava pra ficar mais...
Na volta pro colégio foi tudo meio tenso. O clima ficou estranho. As pessoas que não puderam ir só ficavam perguntando, não se tinha outro assunto, cada um dizia uma coisa sobre o acidente...
E então uma semana se passou, e meus patins ainda estavam no mesmo lugar...
Eu olhava pro branquinho que a gente costuma sentar para calcá-los antes de andar... E parecia que ele ainda estaria lá, que a qualquer hora ele pudesse aparecer sentadinho ali, como estava da ultima vez que o vi em vida!
Continua...
PARTE 9: Semana de Gincana!
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